quinta-feira, 2 de outubro de 2014

#MEDICINALEGAL: TANATOCONSERVAÇÃO: CONGELAMENTO/EMBALSAMAMENTO/MUMIFICAÇÃO:



CONGELAMENTO




Câmara frigorífica com uma temperatura entre +5° C. a -20° C.





1. Assim que uma pessoa morre, uma a empresa de criogenia resfria o cadáver com gelo. Nessa fase, a temperatura do corpo fica pouco acima de 0 ºC. Não é muito frio, mas é o suficiente para evitar, por algum tempo, a proliferação das bactérias que iriam apodrecer o cadáver


2. Nessa fase, o corpo também recebe uma injeção de substâncias anticoagulantes, para manter os vasos sanguíneos desobstruídos. Depois, todo o sangue é bombeado para fora e no lugar entram substâncias químicas que protegerão as células na hora do congelamento, evitando a formação de parte dos cristais de gelo, que rompem a estrutura celular


3. No local em que o corpo vai ser congelado, o cadáver passa por um resfriamento gradual, em uma câmara de gelo seco. Para evitar danos às células, a intenção é que todos os tecidos se congelem no mesmo ritmo. Todo o processo ocorre de maneira lenta e pode durar dois dias, quando a temperatura do corpo chega a -79 ºC


4. Depois do resfriamento, o corpo é submergido lentamente em um tanque de nitrogênio líquido, até ser totalmente coberto. Quando essa fase termina, após uma semana, o cadáver está a -196 ºC, impedido de apodrecer. Ele fica no tanque por toda a eternidade — ou até que alguém invente uma tecnologia para ressuscitá-lo

























EMBALSAMAMENTO


Formolização: Aldeído Fórmico (Formol 4 a 5 l (I.A.)



Método Espanhol: Serragem, carvão vegetal, KPO4, Naftalina e Cânfora.







O enbalsamamento foi instituído nos tempos antigos para preservar os restos mortais dos falecidos. A preservação era desejada por muitos motivos:

1 – Para questões de higiene – presumia-se que os restos mortais frescos eram um risco à saúde.

2 – Por motivos sentimentais – a família desejava impedir a deterioração do corpo físico como uma ilusão reconfortante de que o falecido ainda vivia.

3 – Para apresentação – para evitar sinais visíveis de deterioração enquanto o falecido estava sendo visitado pelo público antes do funeral.

Vale a pena analisar os três motivos para determinar sua validade hoje em dia. Primeiro, no entanto, deve ficar claro que não há lei nos Estados Unidos (ou no Brasil) que exija que o corpo seja embalsamado, exceto quando vai ser transportado por conveniência pública a grandes distâncias.

Existe um motivo de higiene para embalsamar?

Sob toda a evidência disponível, o corpo não embalsamado não apresenta risco à saúde, embora o falecido possa ter morrido de doença transmissível. O Dr. Jesse Can, citado no livro The American Way of Death por Jessica Mitford, indica que não há uma razão sanitária legítima para embalsamar os mortos para um serviço funerário sob circunstâncias normais.

Razões de respeito e amor levam ao embalsamamento para preservar os restos durante o maior tempo possível?

Muitos parentes sentem, naturalmente, que desejam apegar-se ao ente querido na sua forma humana durante o maior tempo que puderem. Se for este o principal objetivo do embalsamamento, deve-se levar diversos pontos em consideração:

1 – O corpo se conservará, sob condições normais, durante 24 horas, a menos que tenha sido dissecado. Se foi mantido sob refrigeração, como é o procedimento padrão, sem dúvida ficará preservado até depois do serviço de funeral.

2 – O corpo terminará por se decompor no túmulo. Sob boas condições, mesmo com os fluidos embalsamadores retardando a deterioração da forma externa por grande período de tempo, relatos confiáveis indicam que os restos logo se tornam desagradáveis ao olhar e com aparência totalmente não natural, em conseqüência do embalsamamento.

3 – O sentimento deveria se apegar à pessoa como ela foi em vida, como aparentava ser durante os anos de boa saúde, não ao cadáver. O próprio falecido sem dúvida desejaria que seus entes queridos o recordassem como era durante o auge de sua vida.Existe atualmente uma grande confusão em todo o processo de embalsamamento. Não há conhecimento público geral sobre os métodos, e certamente muito pouco se conhece sobre "restauração" ou cosmetologia, um termo usado pela indústria funerária para enfeitar, apoiar e vestir o cadáver a ser colocado para visitação. Há pouca dúvida que se a família estivesse informada sobre os procedimentos, ficaria horrorizada demais para requisitá-los. Uma descrição detalhada está disponível no livro de Jessica Mitford, "The American Way of Death".

A orientação religiosa ideal no que diz respeito ao embalsamamento é que uma pessoa falecida deve ser colocada para repousar de maneira natural. Não deveria haver mutilação do corpo, nenhuma adulteração dos restos, e não mexer com o corpo a menos que seja para purificação religiosa. A manipulação dos órgãos internos, às vezes necessária para o embalsamamento, é estritamente proibido por ser uma profanação da imagem de D'us. O falecido não tem qualquer benefício com este procedimento. Tão importante é esse princípio, que a Lei Judaica proíbe embalsamar uma pessoa, mesmo quando esta o desejava especificamente.

Não é um sinal de respeito deixar com aparência de vivo alguém a quem D'us tirou a vida. O motivo para embalsamar pode ser o desejo de fazer do funeral um último presente ou um memorial duradouro, mas os enlutados devem entender que este presente e este memorial são apenas ilusórios. A arte do embalsamador é a arte da completa negação. Ele procura criar uma ilusão, e na medida em que for bem-sucedido, apenas impede o enlutado de recuperar-se da sua dor. Ao contrário, é uma extrema desonra perturbar a paz na qual a pessoa deveria ter a chance de repousar eternamente.

É na verdade paradoxal que o homem ocidental, alimentado pelo conceito cristão do pecado do corpo, que é considerado a prisão da alma, procure, na morte, adorná-lo e torná-lo bonito. Certamente, a ênfase no corpo no serviço de funeral serve para enfraquecer a primazia espiritual e a tradicional ênfase religiosa na alma.

Existem, no entanto, diversas exceções à proibição geral de embalsamamento. São elas:

1 – Quando uma longa demora no serviço funerário se torna obrigatória.
2 – Quando o enterro vai ser realizado em outro país.
3 – Quando a autoridade governamental a exige.

Nesses casos, todos exigidos por causa de regulamentos de saúde, deve-se consultar a autoridade rabínica para determinar a permissão e o método a ser usado.


































MUMIFICAÇÃO:


Egito, Índia etc.


A mumificação é um método de preservar artificialmente os corpos das pessoas e animais mortos. Embora suas técnicas básicas tenham permanecido inalteradas durante o decorrer de todo o antigo império egípcio, houve ilimitadas variações nos métodos do envolvimento do corpo nas bandagens, bem como nos da decoração e nos da retirada das vísceras do organismo. Baseados nestes detalhes, há egiptólogos que são capazes de olhar como o corpo foi preparado e dizer a que período de tempo da história egípcia pertence a múmia. Os egípcios não foram os únicos no mundo a praticarem este costume, mas as múmias egípcias são as mais conhecidas.


O historiador Heródoto nos conta que havia no antigo Egito pessoas encarregadas por lei de realizar os embalsamamentos e que faziam disso profissão. Conta também que havia três tipos de mumificação com preços diferentes conforme o processo fosse mais ou menos complexo e descreve todos os procedimentos, iniciando pelo embalsamamento mais caro. Diz ele: Primeiramente, extraem o cérebro pelas narinas, parte com um ferro recurvo, parte por meio de drogas introduzidas na cabeça. Fazem, em seguida, uma incisão no flanco com pedra cortante da Etiópia e retiram, pela abertura, os intestinos, limpando-os cuidadosamente e banhando-os com vinho de palmeira e óleos aromáticos. O ventre, enchem-no com mirra pura moída, canela e essências várias, não fazendo uso, porém, do incenso. Feito isso, salgam o corpo e cobrem-no com natrão, deixando-o assim durante setenta dias. Decorridos os setenta dias, lavam-no e envolvem-no inteiramente com faixas de tela de algodão embebidas em cola. Concluído o trabalho, o corpo é entregue aos parentes, que o encerram numa urna de madeira feita sob medida, colocando-a na sala destinada a esse fim. Tal a maneira mais luxuosa de embalsamar os mortos.


Os que preferem um tipo médio de embalsamamento e querem evitar despesas, escolhem esta outra espécie, em que os profissionais procedem da seguinte maneira: enchem as seringas de um licor untuoso tirado do cedro e injetam-no no ventre do morto, sem fazer nenhuma incisão e sem retirar os intestinos. Introduzem-no igualmente pelo orifício posterior e arrolham-no, para impedir que o líquido saia. Em seguida, salgam o corpo, deixando-o assim durante determinado prazo, findo o qual fazem escorrer do ventre o licor injetado. Esse líquido é tão forte que dissolve as entranhas, arrastando-as consigo ao sair. O natrão consome as carnes, e do corpo nada resta a não ser a pele e os ossos. Terminada a operação, entregam-no aos parentes, sem mais nada fazer.


O terceiro tipo de embalsamamento destina-se aos mais pobres. Injeta-se no corpo o licor denominado surmaia, envolve-se o cadáver no natrão durante setenta dias, devolvendo-o depois aos parentes.


Tratando-se de mulher, e se esta é bonita ou de destaque, o cadáver só é levado para embalsamamento decorridos três ou quatro dias após o seu falecimento. Toma-se essa precaução pelo receio de que os embalsamadores venham a violar o corpo. Conta-se que, por denúncia de um dos colegas, foi um deles descoberto em flagrante com o cadáver de uma mulher recém-falecida.


Se se encontra um cadáver abandonado, seja o morto Egípcio ou mesmo estrangeiro; trate-se de alguém atacado por crocodilo ou afogado no rio, a cidade em cujo território foi o corpo atirado é obrigada a embalsamá-lo, a prepará-lo da melhor maneira e a sepultá-lo em túmulo sagrado. Não é permitido a nenhum dos parentes ou dos amigos tocar no cadáver; só os sacerdotes do Nilo têm esse privilégio; e eles o sepultam com as próprias mãos, como se se tratasse de algo mais precioso do que o simples cadáver de um homem.


Ao contrário do que se possa pensar, não eram fabricados pedaços de tecidos especificamente para embrulhar os cadáveres. Os panos usados como bandagens das múmias eram freqüentemente tecidos de linho de uso doméstico, ou mesmo roupas, rasgados em tiras. A peça geralmente já fora usada e podia até ter sido remendada. Encantamentos protetores eram inscritos em papiros que acompanhavam as múmias. Alguns continham frases com bons augúrios tais como Possa sua cabeça não rolar. Como se acreditava que uma pessoa morta precisaria de seu corpo na vida após a morte, tomava-se grande cuidado para tornar as múmias atraentes. Uma múmia que perdesse a cabeça poderia passar realmente por um sério problema, já que aquela pessoa permaneceria acéfala por toda a eternidade. Convém salientar que as cerimônias que envolviam todo o processo de mumificação eram tão importantes quanto os procedimentos práticos em si. Cada fase do trabalho era acompanhada por um ritual apropriado.


Os antigos egípcios não mumificaram apenas o corpo humano. Freqüentemente foram mumificados animais junto com as pessoas. De modo geral havia quatro espécies de múmias de animais: de animais sagrados que eram adorados; de animais votivos, dados como oferendas aos deuses; de animais de estimação, que incluiam gatos, cães, macacos, gazelas e pássaros; e oferendas de alimentos — um pedaço de carne ou ave mumificada colocado cuidadosamente em uma tumba como comida para a vida após a morte. O tipo mais comum entre essas espécies foram as múmias votivas de gatos, íbis e crocodilos. Mumificação de alimentos também era prática corriqueira.


Os egiptólogos calculam que os egípcios devem ter criado cerca de 70 milhões de múmias. Muitas das múmias encontradas foram literalmente transformadas em pó durante o período histórico do Renascimento para serem transformadas em pseudos remédios ou pigmentos para pintura. Outras serviram de objeto de entretenimento em reuniões nas quais eram desembrulhadas sem qualquer critério científico, por mera diversão.






























Fonte: Mundo estranho



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